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Casa do Alentejo sempre primou pela Cultura Lusa


Textos e Fotos: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Penso que a nossa comunidade se deve regozijar por ao longo dos anos alguns dos nossos clubes e associações organizarem as suas semanas culturais onde nos é apresentado uma vasta gama da vida das suas regiões onde é incluído a gastronomia, o folclore, a música e cantares bem como o artesanato. É isto que costumo afirmar, semanalmente, nos meus textos habituais que são publicados nos jornais e portais que venho colaborando, desde o ano de 1995, aqui nesta nossa cidade de Toronto e não só.

Deste modo, deixo o meu obrigado a todos os dirigentes e voluntários que anualmente se empenham na organização destas festas onde a cultura das suas regiões é o principal objectivo. No entanto sem querer minimizar o trabalho de todos estes compatriotas quero destacar, neste preciso momento, a Casa do Alentejo de Toronto que é, sem que erre, a pioneira neste tipo de eventos.

Lembro-me bem porquanto estive presente na sua sede, então localizada na Claremont Street, na sua primeira Semana Cultural, com muita gente a lotar o salão nobre. Isto foi o arranque para mais semanas de celebração nos anos que se seguiram. Mudaram-se para a Dufferim com melhores instalações e depois para a Dupont onde ainda hoje se encontram e, Direcção após Direcção, nenhuma voltou as costas a este modo de celebrar, enraizar e disseminar a cultura do Alentejo no seio da nossa gente.

Os seus programas são vastos e bem participados com artistas de primeiro plano do estrelato da nossa Pátria e alguns das Planícies Douradas. Brilha também por trazer ranchos folclóricos e grupos de cantares, alguns com 30 ou mais elementos, muitos dos seus autarcas e acima de tudo sempre com a presença na sua Casa, de verdadeiros "mágicos" da culinária da região, que deliciam o mais requintado palato durante aquela semana com as "Migas", "Carne de Porco Alentejana", "Ensopado ou perna assada de Borrego", "Rojões de Porco", "Favas à Alentejana", "Sopada de Peixe", "Caldeirada de Cabrito", "Bifanas", "Rojões de Cação frito c/massa e ameijoas" e tantas outras iguarias que nos faz crescer água na boca só de as citarmos.

Sinceramente confesso ser um apreciador das suas semanas culturais não só por ter um grande afecto àquela região mas também pela qualidade dos seus extensos programas. Como já referi momentos atrás temos sido visitados nestes certames por grandes nomes da vida artística nacional como Joana Amendoeira, Raquel Tavares,  Trio Odemira, Simone de Oliveira, António Pinto Bastos, Nuno da Câmara Pereira e tantos outros cujos nomes já os olvidei pelo passar do tempo.  Posso afirmar, no que respeita à presença de fadistas e artistas, a nossa comunidade pode considerar-se sortuda pois muitas das vezes lá em Portugal espera-se semanas para se conseguir entrada nas casas onde estes artistas actuam. Aqui, em Toronto, nas semanas culturais é muito mais fácil se, cativar os bilhetes com antecedência, obviamente.

É um desfilar no seu salão nobre de artistas e ranchos folclóricos locais que vêm enriquecer estas semanas de cultura além de palestras por eruditos convidados, exposições de pintura e doutros objectos de arte. Penso que além de pioneira das semanas culturais por estes lados do Norte da América, a nossa Casa do Alentejo, organização que muito me orgulha, é um exemplo apontar no sucesso obtido na perseveração das suas raízes centenárias no nosso meio comunitário.

No presente, o seu presidente, o dinâmico Armando Viegas, um alentejano por afinidade, tem-se esforçado na estruturação destes eventos culturais que é de louvar e ficarmos, ao mesmo tempo,  gratos pela boa qualidade que nos tem oferecido nestes últimos anos. Claro que esta minha referência é estendida a todos os outros membros que têm o seu quinhão no espalhar tudo o que é bom no Alentejo e não só, de Portugal também pois é acima de tudo uma Casa Portuguesa, e sustentação desta obra inigualável no nosso meio. Só que todos nós devemos apoiar estas iniciativas e participar activamente, ou com a nossa presença, na Casa do Alentejo e também nas outras regiões da nossa comunidade. É um dever quase obrigatório que temos como portugueses, se amamos, como dizemos,  aquele torrão que foi o nosso berço.

Bravo. Não parem. Continuem e Viva a Casa do Alentejo.

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